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Mostrando postagens de janeiro, 2008

Povão terá saudade de 2007

Cada novo número divulgado sobre o comportamento da economia em 2007 mostra que vai ser difícil um novo período de crescimento tão pujante aqui no Brasil. No caso da venda de computadores, sejam eles de mesa ou portáteis, o que se verifica é o sucesso absoluto de um programa do governo, o Computador para Todos, conforme aponta a matéria abaixo, da Folha Online. Ao desonerar o setor, o governo conseguiu forçar uma tremenda queda dos preços e ainda fez diminuir muito o chamado "mercado cinza", de máquinas montadas a partir de peças contrabandeadas. O programa, portanto, é um excelente exemplo de como a diminuição de impostos em certos setores da economia pode até elevar a arrecadação tributária deste mesmo setor. Do lado do consumidor, a queda nos preços e a possibilidade de pagar pelas máquinas em até 60 parcelas provocou uma verdadeira corrida às lojas de informática. Tudo somado, o presidente Lula tem no Computador para Todos um dos maiores trunfos de sua gestão. Afinal, fo

Ombudsman puxa a orelha da Folha: não vai
sair nada sobre a queda do preço da carne?

Na nota Lucky Lula... , este blog alertou para, digamos assim, o lado positivo do embargo da carne brasileira pela União Européia, qual seja o da queda de preços no mercado interno. Pois não é que o ombudsman da Folha de S. Paulo resolveu pegar no pé do jornal justamente porque não viu nada ali sobre este aspecto da notícia? Confira abaixo o comentário de Mário Magalhães, que também pode ser acessado na Crítica Interna desta quinta-feira. Os 'lados' da notícia Ao recuperar a informação de ontem do Valor sobre a interrupção de compra de carne bovina brasileira pela União Européia, a Folha abordou vários aspectos. Esqueceu de um, por mais que não se possa antecipar com exatidão o que vai acontecer: que impacto a medida pode ter para os consumidores brasileiros? Sei bem do prejuízo para os produtores, os trabalhadores, as contas nacionais etc. Acontece que um fato tem vários "lados". Ontem entrei no carro, e o taxista disse: "Que beleza, hein!". Ele contou a

Conversas e versões

Já há alguns relatos na imprensa do conteúdo das conversas privadas que tiveram os governadores Aécio Neves e José Serra, ambos do PSDB, anteontem, em Minas, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Serra, ontem em São Paulo. Convém desconfiar: o que chega aos jornalistas é a versão de uma ou de ambas as partes. Não é jamais o que realmente se falou. Aliás, na maioria das vezes, ou as duas partes combinaram o que dirão aos jornalistas ou deixam vazar apenas o que é de seu interesse particular.

Lucky Lula: embargo europeu pode
derrubar preço da carne no Brasil

Saiu em algum site especializado em economia a informação de que o embargo da União Européia à carne brasileira vai derrubar o preço do produto no mercado interno. Claro que o embargo não é bom para o Brasil, uma vez que prejudica a balança comercial. Do ponto de vista político, porém, se o preço da carne realmente cair nos supermercados e o povão puder comprar mais "mistura", quem lucra é o sortudo Luiz Inácio, o Lucky Lula do título acima. E 2008 ainda passará para história como o ano do churrasco...

Petista Bernanke reduz juro nos EUA

O governador José Serra (PSDB) está inconsolvável: o Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, acaba de anunciar que a taxa básica de juros será reduzida em meio ponto percentual, caindo para 3% ao ano. Serra já desconfiava que o barbudinho Ben Bernanke, presidente do Fed, era um petista infiltrado no coração do império. Pois agora o governador de São Paulo tem absoluta certeza que Bernanke está em plena campanha pelo terceiro mandato do presidente Lula. Afinal, quando a coisa estava ficando melhorzinha para o lado do tucanato, com uma crise das boas para detonar o governo do companheiro-operário, vem o Fed e resolve trabalhar de verdade para evitar uma recessão nos EUA. Era só o que faltava, lamentam tucanos e democratas...

Desemprego em SP é o menor desde 1996

A notícia abaixo faz parte da série "É a economia, estúpido", que explica a altíssima popularidade do presidente Lula. Antes que alguém pergunte, claro que a taxa ainda é altíssima. A diferença é que no tempo de Fernando Henrique, o desemprego crescia – todo mundo conhecia alguém que tinha recebido o bilhete azul –, ao passo que desde a posse de Lula o desemprego vem caindo – hoje, todo mundo conhece alguém que conseguiu arrumar um emprego. Essas coisas fazem uma diferença brutal na confiança e auto-estima das pessoas. Desemprego em São Paulo tem a menor taxa desde 1996 Petterson Rodrigues São Paulo - A taxa média de desemprego na região metropolitana de São Paulo em 2007 foi a menor desde 1996. No ano passado, a taxa ficou em 14,8%, enquanto a de 1996 foi de 15,1%. No período, a taxa média de crescimento do nível de ocupação foi de 2,3%, o que corresponde à criação de 198 mil postos de trabalho, e 84 mil pessoas saíram do desemprego. Os dados são da Pesquisa de Emprego e Des

EUA: John Edwards pede para sair,
Rudy Giuliani também deve pular fora

O cenário eleitoral nos Estados Unidos começa a clarear um pouco, mas ainda segue bastante indefinido. Hoje, o democrata John Edwards anunciou a sua saída da disputa pela candidatura à Presidência dos EUA, mas não deve, pelo menos por enquanto, apoiar nenhum dos postulantes que permanecem na disputa, segundo informações das agências internacionais. Do lado Republicano, também é esperada para hoje a renúncia de Rudolph Giuliani, o ex-prefeito de Nova York que era o favoritíssimo antes das primárias começarem e acabou se mostrando um grande fracasso eleitoral. Rudy Giuliani, informam as agências, deve anunciar apoio a John McCain. Faltando poucos dias para a tal "super-terça", que cai bem no meio do Carnaval brasileiro, quando mais de 20 estados norte-americancos realizam as primárias, a situação parece ter se afunilado: entre os democratas, a previsão é uma disputa bem acirrada até a Convenção, entre Barack Obama e Hillary Clinton. Já entre os republicanos, John McCain conseg

Uma boa matéria que ninguém vai ler

Dica do antenado jornalistaIvson Sá no blog Coleguinhas, univ-vos : a matéria abaixo, publicada ontem na Agência Brasil , é na verdade uma excelente pauta para ser desenvolvida pelos jornalões e revistonas, mas certamente será deixada de lado porque não interessa aos jornalões e revistonas ficar chateando os tais 20 mil grupos familiares em questão. Uma conta rápida mostra o seguinte: R$ 145 bilhões divido por 20 mil dá a bagatela de R$ 7 milhões ao ano para cada um desses clãs. Supondo que cada clã tenha realmente os tais 50 membros, em média, cada cabeça estaria recebendo, do governo, R$ 140 mil limpinhos, a cada ano, sem cair da cadeira, sem gerar um mísero emprego. Maior parte dos juros da dívida pública vai para 20 mil grupos familiares, revela Ipea Cilene Figueredo Brasília - O mercado financeiro está contribuindo para o enriquecimento de um seleto grupo de brasileiros. Segundo o estudo Os Ricos no Brasil, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), cerca de 20 mil clãs

PMDB pode ter candidato em São Paulo

Em uma jogada política arrojada, o PMDB de São Paulo decidiu formar uma comissão para escolher o nome do candidato do partido à prefeitura da capital paulista em outubro. O deputado federal Michel Temer e a ex-secretária Alda Marco Antonio são os dois principais nomes analisados pela comissão. A decisão de lançar uma candidatura à sucessão de Gilberto Kassab (DEM) foi tomada na manhã de hoje, em reunião do Diretório Estadual, presidido pelo ex-governador Orestes Quércia.

Serristas acusam Alckmin de incompetência

As notas reproduzidas abaixo foram publicadas originalmente no blog do jornalista Lauro Jardim, da revista Veja , e revelam o clima existente no tucanato paulista. Nada que o leitor destas Entrelinhas já não saiba – o PSDB de São Paulo vive uma verdadeira guerra interna. No fundo, as notinhas também mostram que o tal "choque de gestão" tucano não passa de cortina de fumaça. Como diria o gaiato, o buraco é mais embaixo... Um Metrô complicado 1 | 11:40 Apesar de um aparente armistício, mais um ponto de atrito entre serristas e alckimistas deve surgir em breve na praça. O que vai elevar a temperatura da discussão entre essas duas turmas é o Metrô de São Paulo. Na semana passada, o secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, José Luiz Portella, enviou reservadamente a José Serra uma detalhada análise do Metrô paulistano. É pau puro na gestão Alckimin. Um Metrô complicado 2 | 11:39 O longo texto de Portella fala diversas vezes em "riscos" ou "crescim

FHC tem razão: Deus é lulista mesmo

Duas notas abaixo, este blog comentou o artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que saiu domingo no jornal O Estado de S. Paulo . No final, Cardoso expresou sua preocupação com a possibilidade de apagão energético em função da falta de chuvas e ironizou: "eu sei que Deus é lulista, mas mesmo assim...". A julgar pelo que chove em São Paulo desde ontem, sem parar um só minuto, Deus não só é lulista como está em campanha pelo terceiro mandato do companheiro...

Davos por Dines: impecável

Vale a pena ler o final do texto desta semana do mestre Alberto Dines no Observatório da Imprensa , reporoduzido abaixo. Aliás, vale a pena ler o texto todo , no qual Dines também trata da megafraude no banco Société Géneralé, da França. O trecho final, sobre a reunião dos ricos em Davos, porém, está especialmente saboroso. A mídia hoje é cada vez mais um negócio e cada vez menos serviço público. A bola de neve do noticiário, geralmente incontrolável, em situações de perigo institucional estanca suavemente, comandada pelo instinto de sobrevivência. Esta megafraude vai levar tempo para ser explicada e somente será esclarecida quando cessar a intranqüilidade dos mercados financeiros. Até lá, a mídia deverá contentar-se com o dispara-e-despenca das cotações bolsistas. Ou as declarações obtidas em convescotes como o de Davos. O Fórum Econômico Mundial encerrado no último fim de semana em Davos, Suíça, teve a mesma palpitação das discussões travadas entre os personagens tuberculosos intern

Ainda sobre Jango

O ombudsman da Folha de S. Paulo, Mário Magalhães, faz uma crítica demolidora do material produzido pelo jornal sobre a denúncia de Mario Neira Barreto de que João Goulart foi assassinado a mando da ditadura militar brasileira. Vale a pena ler o material reproduzido abaixo, que faz parte da Crítica Interna de segunda-feira (28/1). No começo, o ombudsman até alivia um pouco para o lado da Folha , mas o que vem em seguida corrobora o que foi publicado neste blog às 10h47 de ontem: o jornal comeu bola e a história tem cheiro de cascata. Além do mais, conforme revela Paulo Henrique Amorim em seu blog , trata-se de pão amanhecido, pois o denunciante é manjado e já adiantou o assunto com outros jornalistas – um deles, por sinal, colunista da própria Folha . Como se vê, não se trata propriamente de um furo jornalístico... A morte de Jango MÁRIO MAGALHÃES A Folha fez bem em ouvir o autoproclamado ex-agente da ditadura militar uruguaia Mario Neira Barreto (o jornal não informou se há provas ou

FHC: engraçadinho e cara de pau

Uma das boas coisas publicadas na imprensa no final de semana foi a série de artigos encomendada pelo jornal O Estado de S. Paulo aos ex-presidentes da República (pela ordem temporal, Sarney, Collor, Itamar e Fernando Henrique), tendo como mote a tal "primeira crise" do governo Lula. Aos quatro foi requisitado um depoimento pessoal sobre as crises que viveram em seus governos. Todos os artigos são interessantes, mas o de FHC é uma pérola. Primeiro, porque ele parece realmente achar que agiu muito bem nas crises que enfrentou, a despeito de ter entregue o país na bancarrota. Não bastasse esta demonstração de auto-suficiência e ausência de espírito crítico, Cardoso demonstra ter falta de compostura (se disser "semancol", os jovens não vão entender...) suficiente para, pasmem, advertir o presidente Lula sobre os riscos de um apagão energético nos próximos anos. De fato, até mesmo quando quer fazer graça, Cardoso se atrapalha. Seu texto termina assim: "agora

Cheiro de cascata

A Folha de S. Paulo publicou no final de semana uma série de matérias sobre uma denúncia de que o falecido presidente João Goulart foi assassinado. O jornal conseguiu a história entrevistando o ex-agente do serviço de inteligência do governo uruguaio Mario Neira Barreiro, 54 anos, 22 anos à época dos fatos. É Barreiro quem diz que Jango foi envenenado, em um crime que teria sido encomendado pelo então presidente Ernesto Geisel ao delegado Sérgio Paranhos Fleury. Não se trata propriamente de uma novidade – muita gente já especulou não apenas que Jango foi assassinado, mas também Juscelino Kubitschek e Carlos Lacerda , os outros dois grandes líderes civis pré-regime militar. Os três morreram em um espaço de um ano, todos em circunstâncias suspeitas – JK em um estranho acidente automobilístico na via Dutra e Lacerda de um estranhíssimo processo infeccioso que se generalizou no corpo do político rapidamente, matando-o em uma semana após o processo ter tido início. Pensando bem, é mais pr

Ombudsman: Folha protege José Serra

A coluna deste domingo do ombudsman da Folha , Mário Magalhães, merece ser lida na íntegra – e vai reproduzida abaixo para quem não é assinante do jornal ou do UOL. Com alguma sutileza, mas não muita, o ombudsman prova que a "redação", como ele gosta de dizer, protegeu o então ministro da Saúde José Serra (PSDB), hoje governador de São Paulo. Não é a primeira vez que Magalhães revela a proteção da "redação" ao ex-colunista do jornal. Este blog já apelidou o diário da Barão de Limeira de Folha de São Serra . Mário Magalhães, o melhor ombudsman que a Folha já teve, está bem atento ao tema. Este blog aposta que ele não terá seu mandato renovado pela Direção de Redação. Jornalismo febril Se crianças começam a assuntar sobre a vacinação contra a febre amarela, é sinal de que o temor da doença -e da injeção- se disseminou. Não é para menos: no princípio do ano, parcela expressiva do jornalismo sugeriu que o mal ameaça o país. A Folha não ficou de fora. Como se vê ao lado

Luiz Weis: eles não sabem o que dizem

Excelente o comentário do jornalista Luiz Weis no blog Verbo Solto , reproduzido abaixo. Fraude na mídia: eles não sabem o que dizem Numa passagem de seu artigo de hoje sobre Jerome Kerviel, o funcionário do banco Societé Generale que se tornou o maior fraudador da finança global já identificado – fez a terceira casa bancária francesa perder € 4,9 bilhões, ou R$ 12,8 bi -, o correspondente do Estado em Paris, Gilles Lapouge, relata o seguinte: “Eu questionei alguns especialistas. ‘É muito simples. Ele passava, por exemplo, uma ordem de compra e a ocultava com uma outra ordem, fictícia, de venda. No fim, o banco via apenas o saldo das duas operações, isto é, nada.’ Eu disse a esses especialistas que não havia compreendido nada. ‘Nós tampouco’, eles me responderam afavelmente.” Leitores de jornais e revistas deviam imprimir esse parágrafo – ou recortá-lo do Estado, à moda antiga – para tê-lo diante dos olhos no momento de começar a ler qualquer notícia. Primeiro, porque é raro um repórte

Krugman: plano de Bush não funcionará

Todo mundo está de olho na crise americana, é o grande assunto deste início de ano. E sobre este assunto, vale a pena ler o artigo abaixo, publicado neste sábado na Folha de S. Paulo , do economista Paul Krugman, um dos mais lúcidos dos Estados Unidos. O texto é simples e a argumentação convence. De fato, o tal Plano Bush parece mesmo fadado ao fracasso, embora isto não signifique, necessariamente, o aprofundamento da crise, uma vez que o Fed (banco central dos EUA) está fazendo a sua parte e pode, com a diminuição da taxa básica de juros, ser mais eficaz na tentativa de evitar uma recessão de grandes proporções. Ainda assim, fica a sensação de que o governo Bush vai entrar para a história como um dos mais equivocados que já houve nos Estados Unidos e que a encrenca vai ficar mesmo para o próximo presidente resolver – logo, logo, estarão falando em herança maldita também por lá... O equívoco do plano PAUL KRUGMAN, DO "NEW YORK TIMES" OS DEPUTADOS democratas e a Casa Branca

Nova enquete já está no ar

A segunda pesquisa do DataEntrelinhas já está disponível na coluna ao lado. Desta vez, o blog quer saber dos leitores se eles aprovam a postura do jornal The New York Times , que nesta semana anunciou apoio às candidaturas de Hillary Clinton e John McCain nas primárias dos partidos Democrata e Republicano. Aqui no Brasil, como se sabe, poucos são os veículos de comunicação que adotam este tipo de comportamento.

DataEntrelinhas: Alckmin será candidato

A primeira enquete do blog encerrou a votação hoje. Para 64% dos leitores, o ex-governador Geraldo Alckmin, teimoso como uma mula, será, sim, candidato a prefeito de São Paulo pelo PSDB. Para 36% dos votantes, o governador José Serrra, correligionário de Alckmin, vai cortar as asinhas do candidato à presidência derrotado por Lula em 2006 e não permitirá que Geraldinho tente pela segunda vez a prefeitura de São Paulo – para quem não lembra, ele foi candidato em 2000, quando Marta Suplicy (PT) venceu o pleito.

Aerotrem da esquerda

Maldade de um aguerrido militante do PSOL: a candidatura do deputado federal Ivan Valente à prefeitura de São Paulo neste ano tem o mesmo objetivo prático das sucessivas candidaturas do folclórico Levy Fidélix, o pai do "Aerotrem" (quem é de São Paulo conhece a peça), qual seja a de promover a figura do deputado socialista para garantir a reeleição dele na Câmara Federal em 2010. De acordo com o militante, o PSOL não precisava deste tipo de candidatura.

Ainda sobre o NYT

Vale a pena ler o artigo abaixo, do blog Verbo Solto , do jornalista Luiz Weis. A opinião é ainda mais interessante quando se sabe que Weis é ele mesmo editorialista do jornal O Estado de S. Paulo . A seguir, a íntegra do texto: Jogo jogado no Times Onze dias antes do que os americanos chamam Super-Terça, ou Terça-Tsunami – as eleições primárias numa vintena de Estados para a escolha dos delegados democratas e republicanos às convenções nacionais que indicarão os respectivos candidatos à Casa Branca, em novembro deste ano – o New York Times põe hoje as cartas na mesa. Anuncia que endossa as candidaturas da senadora Hillary Clinton (democrata) e do senador John McCain (republicano). Explica por que em dois textos – o primeiro com 1147 palavras, o outro com 737. Não, aparentemente, que McCain mereça menos espaço que Hillary – as razões do apoio, em cada caso, ocuparam o que tinham de ocupar. Dois textos de igual tamanho, o jornal parece dizer, configurariam uma igualdade abstrata. O int

NYT: é assim que se faz

A notícia que vai reproduzida abaixo está na Folha Online e deveria servir de exemplo para os jornais brasileiros. Ao dizer claramente a seus leitores que candidatos apóia, o jornal The New York Times reforça a sua credibilidade. Sim, pois desta forma o público pode avaliar se as reportagens do jornal têm viés favorável aos candidatos por ele apoiados ou não. Em geral, no NYT , as matérias são bem objetivas e dissociadas da opção eleitoral do jornal. Aqui no Brasil, se dá o oposto. Salvo raríssimas exceções, como a da revista Carta Capital , que anunciou em 2006 apoio à reeleição do presidente Lula, os jornalões preferem apoiar, digamos assim, certas "teses" em seus editoriais e, o que é pior, acabam "editorializando" as reportagens. Um bom exemplo é a revista Veja , que se tornou um panfleto da campanha de Geraldo Alckmin em 2006 sem jamais contar a seus leitores que ele era o preferido da editora Abril, responsável pela publicação de Veja . Hoje em dia, para ci

Aécio já enfrenta fogo amigo

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), pode ter muitos defeitos, mas tem uma grande qualidade, herdada do avô: é um político hábil. Está construindo em Minas um consenso difícil de ocorrer: a união de praticamente todas as forças políticas relevantes para eleger o prefeito de Belo Horizonte neste ano e o governador do estado em 2010. Consenso é quase impossível, o DEM e as forças de ultra-esquerda deverão apresentar candidato, mas Aécio quer uma aliança entre PSDB, PT, PMDB, PSB (que é forte em Minas), e alguns outros partidos da base aliada de Lula e dele próprio, no governo mineiro. Basta passear um pouco pela blogosfera para perceber que a iniciativa de Aécio não agrada muito o governador José Serra, também tucano. Reinaldo Azevedo, um dos blogueiros mais alinhados a Serra, escreveu hoje duas notas detonando o governador mineiro. Segundo ele, um acordo entre PT e PSDB seria simplesmente impensável. Azevedo vê na manobra de Aécio uma tentativa de escantear Serra e tirar o

Mercados reagem, Serra lamenta

O comportamento PMD (de psicose maníaco-depressiva, não confundir com PMDB) dos mercados financeiros está estressando o pessoal do palácio dos Bandeirantes, que aposta no "quanto pior, melhor" para aumentar as chances do chefão José Serra (PSDB) em 2010. Ontem foi dia de festa, mas já à noitinha a recuperação da bolsa de Nova York irritou o tucanato. Hoje, com Europa e NY em alta, é quase certa a recuperação também da Bovespa. Bem, o Serra podia fazer como o Lula: acordar invocado, ligar para o companheiro Bush e dizer a ele que deste jeito, não há como a oposição ganhar eleição no Brasil. Afinal, antigamente, os EUA ajudavam. Agora, na hora que a coisa estava ficando boa, vem este barbudo do Ben Bernanke e derruba os juros...

Cartão corporativo ainda vai dar
dor de cabeça para o governo federal

A história dos gastos de ministros e altos funcionários do governo com cartões de crédito corporativos pode se transformar em uma grande dor de cabeça para o presidente Lula se ele não tomar providências rápidas e mandar a turma explicar direitinho como é que está gastando o meu, o seu, o nosso suado dinheirinho. Há muita hipocrisia nas matérias que têm saído na imprensa, a começar pelo fato de que nunca ninguém se interessou pelos gastos dos ministros do presidente que criou o cartão corporativo, um tal de Fernando Henrique Cardoso. Aliás, antes que alguém diga que este blog protege o governo Lula, o fato de FHC ter tido a idéia de jerico de criar os cartões corporativos não isenta o atual presidente, que, afinal, está mantendo o monstrengo. E também antes que alguém diga que o blog aderiu ao discurso udenista da senadora Heloísa Helena e dos Democratas, vale esclarecer que a questão do cartão corporativo é simples: no setor público, tudo que é feito na sombra acaba provocando ruído

Palácio dos Bandeirantes em festa

O autor destas Entrelinhas queimou a língua. Depois de um dia de relativa calmaria, os mercados estão de novo em queda, para alegria do governador José Serra (PSDB), que já faz cálculos para saber se o pior da crise econômica norte-americana vai se dar perto das eleições de 2010. Para ele, como se sabe, quanto pior, melhor; e quanto mais perto das eleições, melhor ainda. O problema é que ainda é cedo para avaliar se a crise vai mesmo afetar as economias emergentes de maneira mais dura. Se não afetar, os tucanos perderão o único discurso que tinham à mão, qual seja o de que o governo Lula não estava sabendo aproveitar a bonança mundial. A bonança, já está claro, acabou. Se o Brasil continuar crescendo, vai ser difícil para a oposição arrumar argumentos para enfrentar o candidato de Lula nas urnas.

Cardoso e Bornhausen convencem Geraldo?

O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), informam os jornais, esteve ontem com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e vai se reunir hoje com o ex-pesidente do PFL, atual DEM, Jorge Bornhausen. Os dois estão unidos na tentativa de fazer o teimoso Geraldo desistir da candidatura à prefeitura de São Paulo em nome de uma aliança entre PSDB e DEM com vistas não apenas às eleições deste ano, mas também 2010, quando o governador José Serra seria o candidato à presidência e Alckmin, ao governo de São Paulo, sempre com o apoio dos Democratas. O grande problema deste arranjo reside na falta de confiança de Alkcmin no cumprimento do acordo, especialmente no que diz respeito à palavra de José Serra. Se Alckmin ficar de fora, é praticamente certo que Marta Suplicy tente retomar a prefeitura para o PT, e de fato as chances da ministra aumentam, pois embora Kassab esteja em alta, ele jamais foi um político popular e vai enfrentar o batismo das urnas em uma eleição majoritária. Muita água ainda v

Paulinho lança na sexta candidatura em SP

O deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical, lança a sua candidatura à prefeitura de São Paulo nexta sexta-feira, dia 25, mesmo dia em que faz aniversário. O pessoal do PSB e PCdoB não deve ter gostado muito da pressa do sindicalista em colocar seu bloco na rua. A combinação era esperar até junho para ver quem estaria melhor nas pesquisas – se Paulinho, Luiza Erundina ou Aldo Rebelo – e só então fechar a candidatura do chamado "bloquinho". Paulinho, porém, largou na frente.

Ibest: Reinaldão e Nassif se espancam

Está ficando engraçada a disputa do prêmio Ibest da categoria Blog de Política, na qual estas Entrelinhas também estão concorrendo. Os jornalistas Reinaldo Azevedo e Luís Nassif travam uma disputa particular, repleta de provocações de parte a parte. Os dois brigam pela liderança, mas Reinaldão faz menos do prêmio e afirma que já pediu para o iG tirar o blog da lista, no que não foi atendido. Talvez não tenha sido suficientemente claro... Já Nassif está em campanha ativa para ultrapassar o líder. Reinaldo tem a máquina da Veja Online a seu favor, Nassif tem a do iG. Os dois mobilizam suas claques, o que se pode verificar nos comentários dos internautas nos blogs. O que Reinaldo e Nassif não estão esperando é a sensacional arrancada que este blog vai dar nos últimos dias da votação, em maio. Reinaldão e Nassif ficarão a ver navios, com cara de bocós. Claro, o Entrelinhas conta com o seu voto, já, para iniciar a subida rumo ao pódio. Para votar, clique aqui , faça o seu cadastro e esco

Quércia e Edinho do PT conversam hoje

Será no final da tarde desta terça-feira a conversa entre os presidentes estaduais do PMDB, Orestes Quércia, e do PT, Edinho Silva. Na pauta, a candidatura da ex-prefeita Marta Suplicy na capital e uma possível aliança entre PMDB e PT em todo o Estado de São Paulo: onde o PT vai bem, o PMDB apoiaria o candidato petista; nas cidades em que um peemedebista está na frente, o PT indicaria o vice ou apoiaria a candidatura. A conversa de hoje é a primeira, digamos assim, institucional – Edinho acaba de ser empossado na presidência estadual do PT paulista –, mas Quércia já recebeu, antes do Natal, a visita de Rui Falcão e José Mentor. Os dois foram tentar convencer o ex-governador a apoiar Marta Suplicy.

Ben Bernanke é cabo eleitoral do PT

O presidente do Fed, banco central dos Estados Unidos agiu rápido e cortou hoje a taxa de juros em 0,75 ponto percentual, em uma ação determinada e firme para conter a recessão no coração do império. Dizem as más línguas que a decisão do Fed foi recebida com palavrões no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. José Serra (PSDB) não se cansa de dizer que este Bernanke, barbudinho que é, deve ser cabo eleitoral do PT. É, Lula parece ser mesmo um homem de sorte. Já Serra, coitado...

Uma alternativa para a esquerda?

O que vai abaixo é o artigo semanal do autor destas Entrelinhas para o Correio da Cidadania . Em primeira mão para os leitores do blog. A oposição de esquerda ao governo Lula se organizou, em 2006, em torno da ex-senadora Heloísa Helena (PSOL-AL), uma dissidente do partido do presidente que foi expulsa do PT depois de desobedecer sistematicamente às determinações da direção da agremiação em diversas votações no Congresso, especialmente a da reforma da Previdência. Heloísa Helena provavelmente será candidata de novo em 2010 e uma parte substancial da esquerda vai marchar ao lado dela, apesar das contradições que marcam a personalidade da ex-senadora, uma liderança capaz de desafiar o seu próprio partido e defender posições próprias, ainda que contrariando decisões tomadas por seus correligionários, como se viu recentemente na questão do aborto. Também é quase certo que uma segunda candidatura presidencial de Helena não apresente o mesmo encanto da primeira, quando a aguerrida alagoan

Ex-marqueteiro de Geraldo Alckmin deve
trabalhar para Gilberto Kassab neste ano

O publicitário Luiz Gonzales, da GW, que comandou o marketing da campanha presidencial de Geraldo Alckmin (PSDB) em 2006 deverá ser contratado pelo DEM para tocar a tentativa de Gilberto Kassab de reeleger-se prefeito de São Paulo. Gonzales também trabalhou para José Serra em 2006 e, segundo circula nos bastidores do PSDB, ainda não recebeu o que foi combinado com a turma de Alckmin. A vingança, como se pode ver, é mesmo um prato que se come frio.

Até agora, economia real segue forte

A notícia abaixo, em versão do UOL, impressiona. A economia brasileira segue bastante aquecida neste início de ano, apesar das turbulências internacionais. A grande questão que todos os analistas econômicos se fazem hoje é simples: qual será o grau de contaminação da crise norte-americana no resto do planeta? E a resposta de todo analista sério, neste momento, é uma só: impossivel avaliar. A volatilidade das bolsas não significa, neste momento, que a crise nos EUA tenha afetado a economia real brasileira. Só será possível perceber o tamanho do buraco norte-americano mais à frente, de forma que as consequências do baque serão sentidas no Brasil também a médio prazo e não tão imediatamente quanto as bolsas refletem. Vendas de automóveis sobem 60% na 1ª quinzena do ano CLÁUDIO DE SOUZA Editor de UOL Carros As vendas de veículos continuam em alta no Brasil, com crescimento de 60% na primeira quinzena de janeiro na comparação com o mesmo período de 2007. Entre automóveis e comerciais

Aliança DEM-PSDB já tem jingle

Maldade ouvida por outro amigo do blog: a música-tema da campanha da chapa Gilberto Kassab-Andrea Matarazzo será Paula e Bebeto , de Milton Nascimento, aquela cujo refrão diz: "Qualquer maneira de amor vale a pena, qualquer maneira de amor vale amar". Como afirmam os italianos, "se non è vero, è bene trovato".

Exemplo de imprensa imparcial e apartidária

Um amigo do blog, estava assistindo, sábado à noite, o programa de análise política da GloboNews Fatos e Versões quando ouviu da boca da âncora, a jornalista Cristiana Lôbo, uma pergunta singela aos convidados: "como acham que o presidente Serra vai fazer no caso de...". Cristiana, que também é uma das "meninas do Jô", não chegou a completar a frase e tentou se corrigir, mas derrapou no segundo ato falho: "Ih, gente, olha eu já olhando lá na frente, no futuro..." Este blog concorda: se depender de certa parcela da mídia, não precisa nem chamar os 100 milhoes de eleitores brasileiros para votar em 2010.

Ainda sobre Quércia e Alckmin

O presidente municipal do PMDB em São Paulo, Bebeto Haddad, defende com entusiasmo uma aliança de seu partido com o PSDB, em torno da candidatura de Geraldo Alckmin à prefeitura com base em um raciocínio bastante interessante: se Alckmin vencer, o PMDB governará em coalizão a maior cidade do País, o que dispensa maiores comentários; se Alckmin perder, o que é uma hipótese hoje considerada remota, o ex-governador poderia até mesmo migrar para o PMDB a fim de disputar o governo paulista em 2010, completando assim uma chapa que teria Quércia como candidato ao Senado, uma dobradinha sem dúvida com força eleitoral. Já os peemedebistas que defendem uma aliança com o PT dizem que o partido de Lula tem mais a oferecer, inclusive no governo federal, ao ex-governador Orestes Quércia. Até agora, porém, a verdade é que Lula não atendeu aos pleitos do PMDB paulista. No fundo, a questão para Quércia é saber em quem confiar. Com o PT, a experiência não foi lá muito boa.

Reinaldão não quer brincar

A blogosfera é engraçada: terceiro colocado até agora no ranking do prêmio iBest na categoria Blog de Política (na qual estas Entrelinhas também estão concorrendo), o direitoso Reinaldo Azevedo pediu para sair do concurso. Pelo que deu para entender, ele não aceita concorrer com Mino Carta e reclama de não ter se inscrito no iBest. Noves fora tal atitude demonstrar o padrão de democracia de gente como Reinaldo Azevedo, fica aqui uma sugestão para os organizadores do iBest: criar a categoria Blogs Reacionários . Reinaldão teria a alavanca da Veja , mas é bem possível que terminasse atrás de seu amigo Olavo de Carvalho, aquele que diz dia sim e outro também que o Brasil já vive sobre a ditadura do proletariado, processo iniciado sob o perigoso comunista Fernando Henrique Cardoso e continuado pelo stalinista Luiz Inácio. No fundo, Azevedo lembra aqueles meninos mimados que deixam o jogo quando o time está perdendo. Da nossa parte, continuamos humildemente pedindo os votos dos leitores

Alckmin, Quércia e o PT

A Folha Online está manchetando a negociação entre Geraldo Alckmin e Orestes Quércia (PMDB). Ora, alguém precisa avisar ao jornalista Josias de Souza, autor da nota, que a notícia é velha: desde meados do ano passado Alckmin conversa com Quércia, que teria inclusive convidado Geraldinho para ser o candidato do PMDB paulista. Atualmente, porém, Quércia estaria pendendo mais para o lado do PT, que tem encantos que Alckmin não conseguiria oferecer. Hoje é possível dizer que existe, no PMDB de São Paulo, uma nítida divisão entre os que preferem uma aliança com Alckmin, como o presidente municipal, Bebeto Haddad – fonte de Josias –, e os que acham mais interessenta a aliança com o PT, caso do vice-presidente estadual Marcelo Barbieri. Há até quem defenda uma negociação com o prefeito Gilberto Kassab (DEM), mas aparentemente esta posição é minoritária. No PMDB paulista, porém, o que vale é a palavra de Orestes Quércia. Em entrevista para o DCI , ele disse ao autor deste blog que as conversa

Agora temos enquete

O Blogger criou uma ferramenta que permite, com facilidade, a inserção de enquetes aí na coluna ao lado. A primeira enquete do Entrelinhas já está no ar e diz respeito à disputa interna do PSDB. Quem quiser saber os bastidores da guerra, deve descer um pouco e ler as notas sobre a troca de afagos entre Serra e Alckmin.

Wagner Iglecias: a prova de fogo do DEM

Em mais uma colaboração para o blog, o professor Wagner Iglecias aproveita a deixa do artigo sobre Kátia Abreu e comenta com mais profundidade o grande teste pelo qual passará o DEM, neste ano. A seguir, o texto na íntegra, publicado também na edição desta sexta-feira no jornal DCI . Durante muito tempo o PFL, atual DEM, foi associado ao que de mais conservador havia na cena política brasileira. Um partido composto por líderes políticos de direita, em geral oriundos da Arena, o braço civil da ditadura militar que comandou o país entre 1964 e 1985. Mais que isso, uma agremiação formada pelas oligarquias familiares de alguns dos estados mais pobres do país, via de regra incrustadas há décadas no poder e mantendo com o eleitorado relações clientelistas, na base da troca de voto e apoio político por benesses individualizadas que em verdade deveriam ser direitos universais. Apesar de ter possuído desde sua fundação várias correntes, o PFL sempre uniu-se em torno de interesses comuns a tod

Colasuonno desmente nomeação

O ex-prefeito de São Paulo Miguel Colasuonno desmentiu há pouco ao repórter Eduardo Bresciani, correspondente do DCI em Brasília, ter sido indicado para a Secretaria Executiva do ministério das Minas e Energia. O que também não significa que ele não possa vir a ser convidado.

Kátia Abreu pode ser a novidade em 2010

O que vai abaixo é o artigo do autor destas Entrelinhas para o Shopping News. Em primeira mão para os leitores do blog, na íntegra: Justiça seja feita, o antigo PFL, hoje Democratas, foi o primeiro partido a lançar uma mulher com chances reais na disputa para a presidência da República, antecipando a atual tendência de comando feminino das Nações. Foi em 2002, quando a então governadora do Maranhão Roseana Sarney iniciou uma pré-campanha e aparecia muito bem nas pesquisas, atrás apenas do favorito Luiz Inácio Lula da Silva. Para quem não lembra, a candidatura de Roseana foi abortada precocemente por uma até hoje estranha operação policial que logrou encontrar R$ 1,3 milhão no escritório da empresa Lunus, do marido de Roseana, Jorge Murad, a maior parte em notas de R$ 50. Naquela época, as fotos da dinheirama tiveram efeito devastador junto à opinião pública e Roseana renunciou à disputa. Nos bastidores, os correligionários da ex-governadora atribuíram a ação da Polícia Federal ao tuc

Entrelinhas no Prêmio iBest

Um leitor deste blog teve a bondade de indicar o Entrelinhas na lista de concorrentes na categoria "blogs de política" do Prêmio iBest, o mais importante da internet brasileira. Na concorrência, há desde o gigante Ricardo Noblat – que tem mais repórteres trabalhando para o blog dele do que muita editoria de política de jornal importante Brasil afora – até protagonistas da cena política, como os companheiros Zé Dirceu e Bob Jefferson. Para quem quiser prestigiar este espaço de debates sobre mídia e política, ou mesmo conhecer a premiação, segue o link do Prêmio iBest , já na categoria correta. Para votar, é preciso fazer um rápido cadastro. O Entrelinhas , que no momento está em 10° lugar, agradece os eventuais votos de seus leitores - dos fiéis, dos eventuais e até mesmo dos infiéis... Afinal, todo político sabe que voto não se recusa!

Colasuonno aproxima o PMDB de Marta

Se confirmada a nomeação de Miguel Colasuonno para a Secretaria Executiva do Ministério das Minas e Energia, o PMDB de São Paulo terá recebido um cargo importante na máquina administrativa do governo federal. Colasuonno hoje é um dos homens mais próximos do ex-governador Orestes Quércia e sua nomeação pode aproximar o PMDB paulista da candidatura da ministra do Turismo, Marta Suplicy (PT), à prefeitura de São Paulo.

O dinheiro sumiu

Este blog confirmou ontem uma história que já foi de certa forma contada pelo esperto James Akel em seu blog: o que está impedindo o ex-governador Geraldo Alckmin de assumir oficialmente a candidatura a prefeito de São Paulo pelo PSDB é a falta de dinheiro. Sim, pode parecer surpreendente, mas Alckmin não está conseguindo, nas sondagens que tem feito, garantias de financiamento de sua campanha. Um alto quadro tucano contou ao blog, em off, naturalmente, que o governador José Serra (PSDB) percebeu que não conseguiria matar a candidatura de Alckmin pela via da disputa política, uma vez que Alckmin domina os diretórios estadual e municipal do PSDB, e decidiu então cortar as asinhas do ex-governador pela via "econômica": mandou avisar os empreiteiros, grandes financiadores de campanhas eleitorais, que quem ajudar Geraldinho não recebe nem do governo do Estado e muito menos da prefeitura, onde pontifica o candidato de Serra, Gilberto Kassab (DEM). Ainda segundo a mesma fonte tucan

Serra, Alckmin e os amigos da onça

O PSDB é um partido engraçado. Olhando friamente os números das pesquisas recentes, os tucanos são favoritíssimos a recuperar o governo federal em 2010. Afinal, o governador José Serra (SP) lidera as enquetes com folga e Aécio Neves (MG) desponta com enorme potencial, para não falar do ex-governador Geraldo Alckmin (SP), que estranhamente é deixado de lado nas pesquisas, a despeito do enorme recall que deve ter em função da disputa presidencial do ano passado. Apesar de tudo isto, os tucanos mais uma vez não estão se entendendo e podem se perder nas brigas internas, abrindo caminho para a vitória do candidato do presidente Lula em 2010. Para variar um pouco, o centro da discórdia tucana é São Paulo. Serra deseja que o partido dê suporte à candidatura do prefeito Gilberto Kassab (DEM) à reeleição, indicando o vice, provavelmente Andrea Matarazzo, que tem demonstrado grande afinidade com o prefeito. No final de semana, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso revelou seu apoio a esta es

De volta ao batente

Após duas semanas de vadiagem, o blog volta ao seu ritmo normal, com atualizações diárias. O período de descanso no litoral paulista, no mesmo local em que o autor destas Entrelinhas se refugia desde 1978, serviu para algumas observações sobre a chamada "economia real" do país. É bastante visível para quem passa apenas algumas semanas por ano na praia o resultado do crescimento econômico brasileiro. Não, ainda não há conexão de banda larga em Ubatuba - o que garantiu a folga, uma vez que era inútil tentar atualizar o blog -, mas impressiona a quantidade de novos serviços disponíveis no litoral. Há "delivery" de uma infinidade de coisas - de galões de água à trivial (e tradicional) pizza paulistana, coisa inimaginável meia década atrás. Os restaurantes se multiplicaram, a oferta de novos imóveis está nas placas ao longo da velha e boa Rio-Santos, que agora se chama Rodovia Governador Mario Covas, pelo menos no trecho paulista. A euforia dos comerciantes caiçaras era