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Mostrando postagens de fevereiro, 2010

Se correr o bicho pega, se ficar...

Complicou bastante a situação do governador José Serra (PSDB) com a divulgação da nova pesquisa Datafolha, neste sábado. Serra viu sua vantagem de 14 pontos ante a candidata governista Dilma Rousseff cair para apenas 4, quase um empate técnico. E este é apenas um dos problemas de Serra, como se verá a seguir. Sim, porque a pesquisa também mostra que a popularidade do governo Lula continua ascendente, tendo batido mais um recorde ao chegar aos 72% de avaliação positiva - e o Datafolha não mede a popularida pessoal do presidente, que sempre se situou quase uma dezena de pontos percentuais acima da do governo. Dizer que pesquisa é fotografia do momento é apenas um clichê, os dados consolidados e as curvas mostram um filme em andamento também. E este filme é o que há de pior para Serra: a aprovação ao governo Lula está subindo consistentemente com a recuperação da economia depois do tombo do ano passado. É fato que a crise não prejudicou em nada o presidente, que mesmo nos piores momentos

Iglecias: E agora, José?

Abaixo, análise do professor Wagner Iglecias sobre a pesquisa Datafolha que mostrou Dilma Rousseff a apenas 4 pontos de José Serra na corrida pela sucessão do presidente Lula. Em seguida, a análise deste blogueiro. A frase que dá titulo a este artigo não é exatamente inédita, não é rima nem é solução, mas cai como uma luva sob o momento do candidato tucano José Serra, provável postulante da oposição à sucessão do presidente Lula. E cabe-lhe especialmente após a divulgação, neste sábado, da nova pesquisa Datafolha, que mostra Dilma Rousseff tirando-lhe preciosos pontos de intenção de votos e surgindo-lhe no seu encalço, ao passo que os demais candidatos permanecem estacionados bem mais atrás. Caso estivessemos numa corrida de Fórmula 1 daria pra dizer que estamos numa daquelas provas em que alguém dispara na frente, lidera por várias voltas e, quando percebe, vê um concorrente crescendo em seu retrovisor até chegar a uma distância que, como dizem os especialistas, é meramente v

Bandeirantes à vista?

Pode até ser despiste, mas crescem no entorno de José Serra as conversas de que o chefe poderá abrir mão da candidatura à presidência em prol de uma reeleição garantida em São Paulo. A pesquisa Datafolha que será divulgada neste domingo poderá ser um divisor de águas na campanha eleitoral. Se A diferença entre Serra e Dilma cair muito, o governador ficaria no Bandeirantes e concorreria à reeleição. Se o quadro não se alterar muito, Serra permanece na luta para suceder o presidente Lula. Faz sentido.

Tempos difíceis para a oposição

Notícia nos portais dão conta da preocupação do governador José Serra (PSDB) com a situação de seu aliado Gilberto Kassab (DEM), prefeito de São Paulo. Serra não estaria exatamente preocupado com a possibilidade de cassação de Kassab, mas com os efeitos para a sua própria imagem em no cenário pré-eleitoral, uma vez que o grande avalista de Kassab foi ele mesmo, José Serra. Está correta a preocupação do governador. Olhando friamente o cenário, o DEM vai entrar na campanha eleitoral com um passivo de imagem enorme, tanto pelo episódio envolvendo José Roberto Arruda, único governador do partido, e os mensaleiros democratas, como também pela rápida e violenta queda na popularidade de Gilberto Kassab em São Paulo, antes mesmo do episódio da cassação. A situação periclitante do DEM, principal aliado do PSDB, pode levar à formação de uma chapa em que os democratas apenas apóiem o tucanato, sem no entanto indicar o vice, mesmo que Aécio Neves decline a vaga de vice na chapa. Serra teria como c

Deus castiga quem cobiça

Excelente a história abaixo, reproduzida por Lucia Hippolito em seu blog . Vale a pena ler na íntegra. Historinha mineira bem atual Em 1930, terminado o mandato de Antônio Carlos Ribeiro de Andrada à frente do governo de Minas Gerais, foi eleito Olegário Maciel, presidente do Senado estadual (na República Velha, alguns estados possuíam Assembleia e Senado). Acontece que Olegário já era bastante idoso. Aos 75 anos, enfrentou resistências ao seu nome, a começar por Antônio Carlos, que preferia um sucessor mais jovem -- e mais maleável. A confirmação da candidatura de Olegário inaugurou uma disputa frenética pela vaga de vice na chapa -- por motivos óbvios. Ninguém esperava que ele concluísse o mandato de quatro anos. A escolha recaiu sobre Pedro Marques de Almeida, então presidente da Assembleia Legislativa. Com 42 anos, Pedro Marques era também genro de Antônio Carlos, o que manteria o controle do grupo dos Andradas sobre o governo de Minas. Pois com a vitória da Revolução de 30, Olegár

Destino Manifesto

Do presidente Lula, em Goiânia: "Por isso que o Brasil é importante no G20, é importante no G8, é importante no G3, é importante no G4. Cria um G que o Brasil está dentro. Não tem país mais preparado para encontrar o ponto G que o Brasil." Este blog suspeita que o presidente tem alguma razão no que diz...

Perguntar não ofende

O que os impolutos líderes do DEM e PSDB têm a dizer sobre a prisão de José Roberto Arruda, que até anteontem era cotado para vice na chapa de José Serra? Aliás, o governador falará sobre o assunto ou é mais um tema proibido das coletivas de imprensa? Bem, está aí a TV Brasil para fazer a perguntinha incômoda. Umazinha, como bem disse Janio de Freitas em artigo reproduzido no post anterior.

Serra vai ou fica?

Abaixo, dois artigos muito interessantes, ambos publicados hoje na Folha de S. Paulo , sobre a candidatura de José Serra à presidência da República pelo PSDB. Janio de Freitas vai direto ao ponto na polêmica criada a partir de artigo e declarações de Fernando Henrique Cardoso. E Ricardo Melo apresenta a ideia de que Serra, no momento certo, vai abrir mão da disputa e tentar a reeleição ao Bandeirantes. Lendo os dois textos, é possível perceber uma complementariedade nas teses dos jornalistas, mas fica em aberta a questão: se Serra desistir, quem assume a candidatura tucana? Quem pensou em Aécio Neves, alternativa natural, pode estar enganado – se Serra desiste, é porque terá avaliado como muito difícil a vitória do PSDB nas urnas, e tal situação não seria diferente com Aécio. Geraldo Alckmin também não seria bom nome para marcar posição, até pela pouca consistência teórica, digamos assim. No fundo, os tucanos só têm um nome consistente e capaz de aceitar o debate nos termos que o lulis

Sul pode virar espinho para Serra

Muito interessante e informativa a matéria abaixo, originalmente publicada no blog do jornalista Josias de Souza, da Folha de S. Paulo. Lendo a reportagem, surge a dúvida: em que região do país José Serra já conseguiu construir palanques fortes para dar suporte à candidatura presidencial? Crises locais ameaçam os palanques de Serra no Sul A região Sul converteu-se num pesadelo político para o tucano José Serra, presidenciável da oposição. Os palanques que o tucanato idealizara para Serra no Rio Grande do Sul e Santa Catarina estão em vias de desmoronar. No Paraná, uma queda-de-braço entre as duas principais lideranças do PSDB no Estado –Alvaro Dias e Beto Richa— estende-se além do conveniente. Chama-se José Fogaça o mais novo problema de Serra. Prefeito de Porto Alegre, Fogaça vai às urnas como candidato do PMDB ao governo gaúcho. Serra via em Fogaça um aliado estratégico. Porém, o prefeito pemedebê já cogita apoiar a candidatura presidencial de Dilma Rousseff. Ouça-se o que disse Fog

Um bom artigo de Reinaldão Azevedo

Este blog não costuma concordar com o que escreve o colega Reinaldo Azevedo, mas desta vez ele acertou na análise que fez sobre a pertinência do artigo de Fernando Henrique Cardoso - já sobre o conteúdo, é outra conversa. O fato é simples: ao trazer para o debate a comparação com o seu governo, Cardoso põe o PSDB na posição que Lula e o PT querem, pois a estratégia para eleger Dilma é precisamente esta - forçar a discussão entre as gestões de FH e Lula... Bobo, Fernando Henrique não é, nem Reinaldo Azevedo. Se o segundo está criticando o primeiro, conhecendo o antilulismo e antipetismo de Reinaldão, é porque o tiro de Cardoso veio mesmo na hora errada. A argumentação do jornalista é interessante, vale a pena ler. Abaixo, na íntegra, para os leitores do Entrelinhas . Um artigo certo no momento errado segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010 | 17:31 O artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no Estadão de domingo demonstrando por que não se deve ter medo do passado — ou do legado d

Ou isto ou aquilo?

Do portal UOL: Economia Produção de veículos no Brasil no mês cresce 31,6% em relação a janeiro de 2009 Do Blog da jornalista Míriam Leitão: Veículos Venda de automóveis cai 27,54% em janeiro Mais uma vez, os dois títulos estão certos. A produção e a venda de automóveis cresceram muito em relação ao mesmo mês do ano anterior, mas declinaram em relação ao mês de dezembro. Dona Míriam sabe que dezembro é mês de Natal ou se esqueceu deste pequeno detalhe? Tem gente que acha que os leitores são todos um bando de antas...